Em um caldeirão mágico o super poder do conhecimento, somado a sabedoria das mulheres que nunca sentiram medo de sentir medo, por conhecerem a sua força.
Estabeleceram por meio da bruxaria uma oportunidade incrível de auto conhecimento e da habilidade da mulher desde que o mundo é mundo, em mostrar apenas o que precisa ser visto.
Ao nos depararmos com histórias infantis relacionadas a bruxas, sempre representadas por mulheres más, que em seus caldeirões manipulavam elementos como: asa de morcego, chifre de dinossauros, olhos de sapos, sangue de moça virgem… em suas magias e feitiços, automaticamente reproduzia se uma imagem negativa da bruxaria.
Mas as bruxas desde a idade média, em sua genuína sabedoria, construíram por meio da alquimia segredos representados em seus grimórios, em forma de dialetos análogos, mantendo assim por milhares de anos seus segredos em forma de um dicionário bem humorado e estrategicamente articulado para impor respeito e até um certo receio. Garantindo assim o sigilo de suas secretas receitas mágicas.
Partimos do pré suposto de que pó de morcego, nada mais é do que pimenta do reino e chifres de dinossauro nada além de ovos de galinha, tão comuns em nossa culinária tradicional… as bruxas construíram um imenso e saboroso dicionário, que submetido a alquimia revelada a seus ancestrais se traduz em magia de cura, magia que alimenta a alma.
Assim essas mulheres que se misturavam a energia dos elementos, sobreviveram ao preconceito que exclui e discrimina os diferentes, deixando um legado de empoderamento, sabedoria e inteligência atemporal.
Nossa receita de início de ano ferve em nosso caldeirões ou por assim dizer corações… ou seria tudo igual? Misture sua vontade mais profunda de conhecer a bruxaria+sua intuitividade+muita curiosidade+vontade absurda de se desenvolver… mexa bem e deixe apurar, se permitindo seduzir pelos encantamentos da bruxaria natural.
Texto de Juliana Motta para Tsara Raio Luz do Oriente.